Quem tem o DNA de esportista está sempre procurando alguma atividade para fazer (a verdade é que quem tem isso dentro de si gosta de quase todos os esportes). Eu, por exemplo, sempre estou em busca de novidades, coisas que nunca fiz, novas modalidades…

Nessa busca eterna fui resgatar o wakeboard, esporte que não fazia havia anos. Como tenho uma vida muito ligada ao mar, volta e meia saio com os amigos de barco pelo Rio de Janeiro e por isso conheci o wakesurf.

O wakesurf é um esporte derivado do wakeboard. Ele é relativamente novo, mas tem cada vez mais adeptos. Com a popularização do surfe, muita gente que não tem praia nem boas ondas perto de casa acabou encontrando nele a solução para matar a fissura do surfe.

Para isso, o barco tem que ser preparado para conseguir fazer uma onda boa porque o surfista precisa pegar a onda sem precisar ser puxado pelo barco. Normalmente isso acontece quando é colocado um peso extra no barco, o que permite que a onda formada atrás dele seja maior.

Tentei fazer umas duas vezes no barco de amigos, mas não conseguimos fazer uma onda boa, por isso a tentativa de soltar a corda que nos puxava foi sempre frustrada. Lembrei, então, da minha amiga Raquel Iendrick, que é fera no wakeboard: ela me colocou em contato com o Marquinhos, professor de wake que tem uma lancha na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, preparada só para o esporte.

Começamos com uma sessão de wakeboard, com eles me dando uma verdadeira humilhada… rs! Os dois mandam muito bem! A intenção era andar um pouco de wakeboard, mas logo entramos na fissura de fazer wakesurf.

Wakeboard Karina Vela

Já estava me divertindo, mas quando subi na prancha de surfe, a felicidade tomou conta de mim. O Marquinhos tem as dicas perfeitas e, quando fui ver, estava surfando uma onda considerável que foi formada atrás da lancha. Que sensação deliciosa!

Eu, que sou uma surfista fajuta, pude sentir o que é deslizar na parede da onda, fazendo manobrinhas, coisas que não consigo fazer no mar pela minha incompetência como surfista.. Rs!

Imagino que para quem não pega onda a sensação deva ser ainda mais especial, pois dá para ter ideia do quão delicioso é surfar sem ter que esperar meses até aprender o esporte no mar. É bem mais fácil aprender o wakesurf do que o surfe em si, que requer mais paciência e mais preparo.

Foi o caso da Raquel, que saiu de lá prometendo que vai começar a surfar. Para quem quer experimentar essa sensação vale marcar uma sessão no Riowakecenter, que fica na Lagoa. Os preços das sessões de wakeboard e do wakesurf são diferentes, pois o gasto de gasolina é maior no wakesurf. O ideal é juntar pelo menos três amigos para dividir o valor e não ficar muito salgado. Uma hora da lancha com direito a todos os equipamentos custa R$ 320 (wakeboard) e R$ 400 (wakesurf).

Carioca, Karina Vela trabalha como consultora de estilo para grifes, pinta quadros e viaja o mundo para gravar o programa “Quatro Remos” (que vai para a 4ª temporada no canal Off), em que faz travessias em canal aberto de pé em uma prancha de stand-up paddle ou sentada em uma canoa havaiana.