*Por Alessandra Feltre e Luana Rocha, nutricionistas
Cada modalidade tem suas peculiaridades e exige uma rotina de treino específica. No entanto, quando vamos falar de alimentação para atletas, alguns pontos gerais podem auxiliar os indivíduos independentemente da modalidade praticada. A nutrição apropriada ajuda a aprimorar o desempenho atlético, a otimizar o programa de treinamento, a acelerar a recuperação e a evitar lesões.
Sendo assim, veja abaixo cinco fatores nutricionais com os quais os atletas e praticantes de atividade física devem se preocupar:
1) Hidratação: a necessidade de água varia de acordo com a temperatura corporal e o meio ambiente em que estamos inseridos. Durante a prática de atividade física, a temperatura do corpo se eleva, e o suor intenso é uma estratégia do organismo para diminuir a temperatura. Porém, com isso, podem ocorrer quadros de desidratação. A água participa praticamente de todos os processos biológicos que ocorrem em nosso organismo, além de ser fundamental para todos os seres humanos e, principalmente, para as pessoas fisicamente ativas.
2) Fracionamento: o primeiro passo de toda dieta ou reeducação alimentar é o fracionamento. De nada adianta concentrar todo o aporte energético em 1 ou 2 refeições no dia, ou mesmo apenas nos pré e pós treinos. Esse hábito é importantíssimo para manter os níveis de glicose e aminoácidos do atleta, evitando quadros de catabolismo e hipoglicemia e contribuindo para a melhora da performance e também para sua recuperação. A síntese e renovação proteicas ocorrem a todo momento em nosso corpo, portanto a necessidade de nutrientes é constante.
3) Aporte energético apropriado: nossa principal fonte de energia são os carboidratos e, quem pratica atividade física pode ter essa necessidade aumentada, já que o gasto também é maior. O tipo e a quantidade de carboidratos vão variar de acordo com cada um e o momento do treino, podendo ser de uma fonte de liberação mais imediata ou gradual. O carboidrato é considerado também um “poupador” de massa muscular, uma vez que, ao ser utilizado, como fonte de energia, ocorre a inibição do catabolismo de proteína. A baixa reserva de glicogênio (forma de armazenamento dos carboidratos) pode acarretar em falta de energia e comprometer diretamente a performance do atleta.
4) Aporte proteico balanceado: atletas também têm necessidade aumentada de proteína –2 a 4 vezes mais que o valor recomendado. Essa é a principal estrutura do músculo! Ao consumir a quantidade ideal de proteínas, o atleta também reduz a possibilidade de eles serem utilizados como fonte de energia durante o exercício. O baixo consumo deste macronutriente pode ocasionar perda de massa magra e até favorecer o surgimento de lesões pelo enfraquecimento e fadiga muscular. Como estratégia para tal aumento proteico, utilizamos, por exemplo, whey protein e blends proteicos, que trazem todos os benefícios de uma proteína completa com praticidade.
5) Equilíbrio e variedade: jamais podemos deixar de pensar no equilíbrio quando o assunto é nutrição. Precisamos garantir que todos os nutrientes estejam sendo devidamente fornecidos ao nosso corpo e, sempre que possível, utilizar de alimentos in natura. Eles possuem nutrientes que agem em sinergia, fornecendo o melhor para nós. Alguns alimentos são mais ricos em determinados nutrientes que os outros, e vice versa, portanto é importante que ocorra uma variação deles também, para não ocorrer nenhum tipo de deficiência que possa prejudicar o desempenho.