*Por Mauro Chasilew, ultramaratonista
“Fizemos, no fim do ano passado, na On The Rocks, um bate-papo sobre a PT281+, prova de 281km e mais um pouquinho que corri em Portugal.
Um dos temas mais importantes nessas provas tão longas é a questão de estratégia e logística. Cada prova tem características diferentes. Em algumas podemos ter apoio. Então, não precisamos deixar equipamentos separados. Eles ficam no carro do atleta, junto com sua equipe.
Em outras, podemos ter algumas Drop Bags (bolsas). Nelas, colocamos aquilo que achamos que vamos precisar para o próximo trecho até alcançarmos a próxima bolsa. Nesse caso, temos que ter uma boa estratégia e experiência, pois só encontraremos cada Drop Bag uma única vez ao longo da competição. Ou seja, se deixarmos um equipamento para trás e precisarmos dele mais à frente, ferrou!
Existem ainda provas em que devemos ser autossuficientes. Nessas corridas, tudo que quisermos utilizar ao longo da prova deverá estar em sua mochila. Dureza!
No caso da PT281+, pude dispor de sete bolsas que seriam encontradas em pontos determinados da prova. Organizá-las não é tarefa fácil. Onde colocar o tênis extra? Pilhas? Comidas? Ok, o ideal seriam 7 kits iguais. Mas isso me traria um problemão de peso e volume para a viagem.
Assim, utilizei meu histórico de provas para determinar o que ficaria em cada bolsa, estimando meus tempos de deslocamento entre as Bases de Apoio, em que as sacolas seriam encontradas.
Depois, ainda temos que administrar os contratempos e usar criatividade e improviso para resolver possíveis problemas durante a prova.
Felizmente, minhas escolhas funcionaram bastante bem e pude terminar mais essa Ultramaratona, que no meu GPS bateu 293km.
Dúvidas? Curiosidades? Mande um e-mail para mauro@ontherocks.com.br.
Mauro Chasilew é professor de Educação Física e empresário. Participa de provas longas de corrida de aventura desde 2003 e de ultramaratonas desde 2007, entre elas, a corrida de aventura na Patagônia Chilena, com 1.112km.