*Por Adriana Souza, coordenadora Kids da Bodytech Eldorado

Os hábitos adquiridos na infância nos influenciarão diretamente na fase adulta. Isso porque, geralmente, aprendemos com a nossa família como se alimentar, seguir regras, ter horários pra fazer as tarefas, brincar, assistir TV, dormir, organizar as próprias coisas, como os brinquedos, e assim por diante.

A prática da atividade física não é diferente. Se tivermos na nossa infância o estímulo para praticar atividades prazerosas, é muito provável que continuemos a praticá-las mesmo quando não estivermos na companhia de nossa família.

A atividade física lúdica estimula muito mais do que, às vezes, podemos imaginar. Através de algumas brincadeiras, a criança aprende a relacionar-se melhor, a respeitar as diferenças, a competir, a cooperar e o mais importante, a se divertir.

Brincar na infância é coisa séria… É muito importante! Tão importante quanto ser estimulado a tentar experimentar. Não devemos cobrar demais da criança ou criticá-la quando não acertar. Essas experiências serão úteis futuramente: na faculdade, no trabalho, na família e no convívio com outras pessoas.

Uma brincadeira como o pique-bandeira trabalha diversas habilidades motoras, capacidades físicas e também a cognição. Nesta atividade a criança trabalha a atenção, a cooperação, a competição e a estratégia estabelecida junto com os demais do grupo. Aquele que não é tão bom na corrida pode se mostrar um ótimo estrategista na hora de liderar o grupo. Todos estes fatores podem contribuir, e muito, para o desempenho escolar.

As crianças aprendem o que vivenciam

“Se as crianças vivem ouvindo críticas, aprendem a condenar.

Se convivem com a hostilidade, aprendem a brigar.

Se as crianças vivem com medo, aprendem a ser medrosas.

Se as crianças convivem com a pena, aprendem a ter pena de si mesmas.

Se vivem sendo ridicularizadas, aprendem a ser tímidas.

Se convivem com a inveja, aprendem a invejar.

Se vivem com vergonha, aprendem a sentir culpa.

Se vivem sendo incentivadas, aprendem a ter confiança em si mesmas.

Se as crianças vivenciam a tolerância, aprendem a ser pacientes.

Se vivenciam os elogios, aprendem a apreciar.

Se vivenciam a aceitação, aprendem a amar.

Se vivenciam a aprovação, aprendem a gostar de si mesmas.

Se vivenciam o reconhecimento, aprendem que é bom ter um objetivo.

Se as crianças vivem partilhando, aprendem o que é generosidade.

Se convivem com a sinceridade, aprendem a veracidade.

Se convivem com a equidade, aprendem que é justiça.

Se convivem com a bondade e a consideração, aprendem que é respeito.

Se as crianças vivem com segurança, aprendem a ter confiança em si mesmas e naqueles que a cercam.

Se as crianças convivem com a afabilidade e a amizade, aprendem que o mundo é um bom lugar para se viver.”

Dorothy Law Nolte Texto do livro “As crianças aprendem o que vivenciam” Editora Sextante, 3ª Edição, pg. 6 e 7.- RJ