Por Rafael Duarte, da equipe de expedições Miramundos

Voltei! Assim resumo meu resultado positivo na corrida do último domingo (4/12) que comentei aqui com vocês na semana passada (clique aqui para ler o texto sobre a recuperação). Meu objetivo principal, que era concluir uma corrida de rua de 5k sem sentir dores no final, foi alcançado.

Yeah! Fechei a prova me sentindo bem fisicamente, apesar de exausto. Pois, apesar de ter sido uma prova curta, dei meu máximo dentro dos meus limites.

Rafael Duarte na estreia das corridas de rua

Nessa que foi a minha primeira prova de corrida tive uma experiência bem divertida. Sem me preocupar com o desempenho e por não ter parâmetros em provas oficiais –apenas na esteira da academia e em treinos informais– me joguei para ver no que dava. Tive como companheiro e grande incentivador/ídolo nesta etapa do Circuito das Estações meu tio Fred, que, no auge dos seus 58 anos, esbanja boa forma, tempos incríveis e integra o pelotão “Quênia”, a elite geral desta prova.

Largamos e seguimos próximos um do outro até o final, quando cruzamos juntos a linha de chegada, com um tempo de 24’24”, num pace (ritmo de tempo por km) de 4’52”/km. Um resultado que superou muito minhas expectativas, já que a meta era ficar abaixo nos 5’30”/km em média. O que me mostrou na prática que “treino é treino, e jogo é jogo”. Alguma coisa aconteceu para me empurrar numa média de 12,2km/h.

Resultado final da corrida

O primeiro km foi marcado por entusiasmo de um marinheiro de primeira viagem que teve que acelerar para driblar a massa de gente. No segundo, senti que tinha entrado no ritmo, fazendo ultrapassagens paulatinamente. No terceiro km, que normalmente é meu pior, o percurso faz uma curva. Depois dela, consegui manter o gás já no sentido da volta rumo à chegada. Mas foi no último km que bateu o peso do cansaço. Meu tendão do joelho não tinha manifestado nada, mas o fôlego de quem puxou um bom ritmo inicial já tinha dado sinais de fadiga. Dali até a linha de chegada, foi superação a cada passada para não me render à lentidão. Já nos últimos 500m, o alívio ao ver o pórtico da chegada. Mas foi pegadinha. Aquele na verdade era o da largada. A chegada ficaria uns metros depois (alô, organização! Querem matar nosso psicológico nos metros finais? Rsrs…).

No fim da linha, depois de recuperar a respiração e caminhar por alguns metros… dei aquela testada no movimento do joelho e… nada! Sucesso! Sem dores! 

Com este resultado positivo numa releitura do “no pain, no gain (“sem dor, não há ganho”, em tradução livre), meu saldo final foi “sem dor, com ganho”.

Nessa jornada de recuperação, três lições me marcaram muito:
– Não negligenciar o alongamento.
– Quando tiver um problema físico que um médico não resolva, buscar outras opiniões e testar novos métodos.
– Ter sempre um objetivo em mente pra treinar e respeitar o tempo de cada etapa. Ouvir a orientação de especialistas e comemorar a cada evolução.

Com a meta superada, agora começo um novo ciclo. Com a sola do tênis de volta à ativa e mirando novos objetivos.