Cada um de nós tem vontades e necessidades diversas, mas quando o assunto é corpo e atividade física, caímos no senso comum e focamos em padrões, como se todos quisessem e precisassem das mesmas coisas. “Exercício é para quem precisa emagrecer”, “gente magra tem que agradecer por não ter que ir à academia”… De mito em mito, colocamos pessoas em caixinhas e afastamos a atividade física de quem precisa: todo mundo! Julia Essucy, de 23 anos, sempre foi uma dessas meninas muito magrinhas. Depois de anos desestimulada a fazer exercício acreditando que só emagreceria ainda mais, ela começou a treinar, transformou o corpo e ganhou cinco quilos de massa magra em poucos meses.
Desde a adolescência, Julia não se sentia confortável com a aparência hipermagra. Todas as roupas que mostravam seu corpo ficavam bem escondidas no fundo do armário para evitar os comentários maldosos como ‘a Julia é um palito’. Em busca de alguma mudança, tentou frequentar a academia do prédio, sem sucesso. O que ela mais ouvia eram frases como ‘não faça cardio, você vai sumir!’, ‘para que musculação se você já é magra?’. O resultado disso foram anos de sedentarismo e frustração. Após uma cirurgia, Julia perdeu ainda mais peso e estagnou nos 46 quilos, com 1,57 de altura. A falta de fôlego para trilhas, uma de suas paixões, também era um problema. Típica ‘falsa magra’, – Descubra o que é falso magro aqui – Julia tinha 33% de gordura corporal.
“Eu já tinha desistido e aceitando a ideia de que seria magrela para sempre”.
Depois do fim de um relacionamento, a vontade de se descobrir, se sentir melhor com a sua aparência e entrar em novas aventuras aumentou. Foi aí que ela começou a treinar em casa, com o Programa de Treinamento da Aline Riscado, do BTFIT – Experimente você também aqui. Mais segura, partiu para aulas de localizada e MMA Fitness da Bodytech, que unem treinos de cardio e força. Em seis meses, a publicitária ganhou cinco quilos de massa magra e perdeu 7% de gordura, transformações que geralmente levam anos para acontecer.
Zero refrigerante e o dobro de proteína e carboidrato
Na alimentação, o primeiro passo foi cortar os refrigerantes, que antes entravam até no cardápio do café da manhã. Com os treinos, a fome duplicou. “Tive o cuidado de não suprir o aumento de apetite com guloseima. Passei a comer pratos maiores, com bastante proteína e carboidrato. Muito frango, feijão com arroz e salada,” conta. Para manter, ela busca o equilíbrio nas refeições, mas sem paranoias. Quando a semana é regrada, ela se permite beber uma cervejinha e comer besteiras no fim de semana.
Depois de chegar no corpo que te deixa mais à vontade e feliz, Julia segue na rotina de treinos. Até quando ela está cansada por causa do trabalho ou sem tempo, tenta se exercitar em casa. “Difícil eu ficar uma semana inteira sem fazer nada. Porque é uma coisa que faz muito bem para mim. Eu ficava muito ansiosa e sinto que isso melhorou bastante, distraio minha mente”, defende. A fase de insegurança e ansiedade excessiva realmente ficou para trás. Julia agora só quer saber de cuidar de si e não pensa em abrir mão disso nunca mais.