A chegada do inverno traz consigo um aumento nos casos de rinite alérgica. O clima seco e as temperaturas mais baixas podem agravar o problema, causando ressecamento das mucosas, inflamação e produção excessiva de secreção. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 40% da população mundial enfrenta esse desconforto, que tende a piorar durante o outono e inverno.

Mas não se preocupe, estamos aqui para oferecer um guia prático para ajudar a lidar com a rinite alérgica durante essas estações desafiadoras. Por isso, o blog da BT conversou com o médico especialista em Pneumologia pela UFRJ, Gleison Guimarães, que compartilhou dicas valiosas para controlar e minimizar os sintomas.

Tratando a rinite alérgica: o que você precisa saber

A rinite alérgica não é apenas um incômodo passageiro; ela exige atenção e tratamento adequado. O Dr. Gleison Guimarães ressalta que existem três formas principais de abordar a rinite:

1. Controle Ambiental e Comportamental: Evitar fatores desencadeantes, como poeira e odores fortes, é fundamental. Mantenha ambientes limpos, utilize pano úmido ao invés de vassoura e opte por produtos antialérgicos.

2. Consultar um Especialista: É crucial identificar o que desencadeia sua rinite. Consultar um especialista permitirá um diagnóstico preciso e a elaboração de um tratamento personalizado.

3. Medicamentos e Higiene Nasal: Medicamentos como corticoides nasais podem ajudar a reduzir a inflamação. Além disso, a lavagem regular do nariz com soro fisiológico é altamente eficaz para reduzir o acúmulo de muco e manter a mucosa nasal hidratada.

Diferenciando rinite e resfriado

É comum confundir os sintomas da rinite alérgica com os do resfriado comum. Por isso, Guimarães destaca algumas diferenças:

  • Resfriado: Irritação e obstrução nasal, espirros, coriza, mal-estar, prostração, dor no corpo e febre.
  • Rinite Alérgica: Coriza com secreção transparente, nariz entupido, espirros, coceira no nariz, nos olhos e no palato, vermelhidão ocular.

Além disso, a rinite não tratada pode levar ao agravamento de problemas respiratórios, como rinossinusite e até asma.

Cuidados essenciais para enfrentar a rinite

Manter a higiene nasal é uma medida eficaz para controlar a rinite alérgica. O médico pneumologista pontua algumas práticas importantes:

  • Utilize soro fisiológico de 0,9% para lavar o nariz regularmente.
  • Mantenha ambientes limpos, preferencialmente com pano úmido.
  • Opte por produtos antialérgicos, incluindo roupas de cama e travesseiros.
  • Escolha produtos hipoalergênicos e sem fragrâncias.

Quem está em maior risco?

A rinite alérgica pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais comum em determinadas faixas etárias. Geralmente se desenvolve na infância ou adolescência devido à exposição contínua a alérgenos e amadurecimento do sistema imunológico. A rinite não alérgica, por sua vez, é mais prevalente em adultos.

Lembre-se de que os sintomas podem variar, e se você suspeitar que está enfrentando congestão nasal, coriza, espirros ou coceira no nariz, é aconselhável procurar um profissional de saúde para diagnóstico e orientação adequada sobre o tratamento.

Não deixe que a rinite alérgica atrapalhe sua qualidade de vida durante o inverno. O Dr. Gleison Guimarães enfatiza que é possível controlar os sintomas e desfrutar das estações mais frias com maior conforto e bem-estar.