*Por Felipe Donatto, nutricionista convidado Isopure

Um dos componentes do óleo de peixe, o ômega-3 pode ser produzido pelo consumo de óleos (como o de linhaça ou de chia) e também através de sardinha, atum, salmão. A ingestão adequada estabelecida é de aproximadamente 1,5g/dia. No quesito sistema imune, foi verificado que o consumo adequado leva à redução do processo de inflamação e, por ter efeitos anti-inflamatórios, ele é mais usado clinicamente no tratamento de doenças cardiovasculares e para controle de triglicérides sanguíneo –nestes casos, a dose é de 2 a 4g/dia. Além disso, o ômega-3 ajuda na redução da resistência à insulina.

A tentativa mais recente de aferir os resultados do ômega-3 em relação ao treinamento de força foi publicada em 2011 no “American Journal Clinical Nutrition”: no experimento, idosos foram submetidos a um treinamento de força e receberam, de forma aleatória, ômega-3 ou óleo de milho (este, como placebo).

Através de análises, ficou comprovado que a resistência anabólica dos idosos melhorou no grupo ômega-3, e os autores atribuem tal resultado à ativação de proteínas importantes no processo de síntese proteica muscular. A dose resposta desse efeito ainda precisa ser mais aprofundada em relação aos efeitos musculares.

Que fique claro: a importância do consumo de ômega-3 diariamente já se justifica pelos seus benefícios à saúde cardiovascular, ao sistema imunológico e controle de inflamação. Porém, ainda é muito cedo para afirmar que ele ajuda no ganho de massa muscular (pode ser um incentivo a mais para não errar e incluir peixes em geral, como sardinha e atum, linhaça e semente de chia na alimentação).

Quanto à suplementação, é essencial que ela seja feita sob a supervisão de um nutricionista. Bons treinos e boa dieta!