As piscinas ficam pequenas quando a vontade de dar braçadas mais longas aumenta. Giselly Peregrino, 35 anos, colocou a natação em sua na rotina de exercícios no início de 2019 e não conseguiu tirar mais. A paixão pelo esporte foi tão grande que as competições no mar se tornaram o motivo para ela treinar todos os dias, arriscar e se superar a cada mergulho.

Giselly entrou na Bodytech Icaraí, no Rio de Janeiro, no ano passado. Quando ela entra na piscina, a professora se sente em estado meditativo e não pensa em mais nada. Esse foco aprimorou as habilidades dela dentro d’água, mas também contribui para que ela ganhasse mais capacidade de concentração, disposição e autoestima fora das piscinas.

“Quando entrei na natação, senti necessidade de melhorar a alimentação também para que conseguisse nadar melhor, por mais tempo. Tudo foi melhorando a partir da natação: minha alimentação, meu sono, minha energia para a rotina profissional e acadêmica, minha postura, minha composição corporal, etc. Inclusive, deixei para trás 15kg desde que comecei a nadar”, conta.

De acordo com Paula Toyanski, Gerente Nacional de Atividades Acqua e Kids da Bodytech, o esporte é considerado um pacote completo de benefícios para a saúde física, mental e social. A água exerce uma resistência 700 vezes maior que o ar e realiza uma pressão no corpo de todos os lados, o que auxilia no fortalecimento muscular é no aprimoramento do equilíbrio corporal.

Das aulas na piscina aos desafios de nadar em mar aberto

Toda dedicação de Giselly despertou o desejo de buscar algo mais e, através do incentivo do instrutor acqua da BT Icaraí, Ricardo Pinto, as águas abertas já eram uma opção para se aventurar. 

Em dezembro de 2019, ela participou do Circuito Rei e Rainha do Mar, competição realizada na praia de Copacabana. Os treinos de 25m seguidos na piscina foram essenciais para que Giselly completasse um quilômetro de natação no mar na prova Sprint. Sem borda e sem raia, a professora finalizou os 1000m satisfeita e realizada por ter conseguido ir até o fim. 

“Não me importava colocação, tempo, nada. Eu estava feliz demais por ter concluído a minha primeira prova no mar! A medalha que ganhei tem um peso imenso na minha vida. Minha família toda estava lá para me ver, torcer por mim e vibrar comigo. Minha chegada foi emocionante e foi um dia inesquecível”, conta. 

O apoio fundamental do professor

Todo o processo, segundo a aluna, só foi possível graças ao incentivo de Ricardo. “Sinto enorme gratidão por ele, quem me incentivou, estimulou e treinou para viver aquilo. Ele assinou a declaração para a prova atestando que eu estava pronta para nadar, acreditou em mim, foi e é presença marcante na minha preparação”, exalta. 

Recentemente, em fevereiro de 2020, Giselly fez a segunda prova, a Maratona Aquática sem Fronteiras, no mar do Recreio dos Bandeirantes. Segundo ela, foi uma prova dura, de velocidade, com a temperatura da água abaixo dos 18 graus. Apesar do percurso ter sido difícil, ela deu o máximo de si, foi até o final e conquistou medalha de prata na categoria Master 35+ feminino. 

“Eu nem acreditei no resultado! Era minha segunda prova e eu já estava em um pódio. Não comecei a nadar para competir, aliás, competição não é nem nunca foi meu objetivo central na natação, mas acabou se tornando consequência dos treinos, os quais levo muito a sério. Eu caía nas águas com a cabeça fervendo de problemas e eles simplesmente se dissolviam. Natação, para mim, é um reencontro com a minha paz”.