*Por Leila Levy Avigdor, nutricionista consultora Bodytech Botafogo e Gomes Carneiro (Rio de Janeiro)
O mel é um alimento muito saboroso, não contém componentes químicos e é muito bom para a saúde em geral. Seus principais constituintes são carboidratos (80%), principalmente frutose e glicose, e mais 25 polissacarídeos, como a sacarose e a maltose. Também apresenta em sua composição vitaminas A, B1, B2, B3, B5, B6, C e Biotina, além de sais minerais como cálcio, fósforo, ferro, enxofre, potássio, selênio, cloro, manganês, cobre e zinco. Em menor quantidade, estão presentes também as proteínas de origem animal e vegetal. Por isso, é considerado muito mais saudável para a alimentação que o açúcar refinado, que é somente fonte de calorias vazias, sem outros nutrientes interessantes para o organismo.
Entre os benefícios do mel para a saúde está a melhora da resistência do organismo a gripes, resfriados e problemas respiratórios, pois tem propriedades antissépticas, antibacterianas, imunológicas e expectorantes. Por isso, ele é utilizado para aliviar os sintomas e o desconforto dessas patologias (atenção: ele não promove a cura).
O mel também é bom para o intestino porque possui propriedades prebióticas, ou seja, serve de substrato para boas bactérias, ajudando no equilíbrio da microbiota intestinal.
E tem mais: possui ação fungicida e cicatrizante, por isso o seu uso tópico estimula a cicatrização de feridas e a atividade anti-inflamatória, que diminui dor e edema.
Como é fonte de potássio, é alimento interessante para o equilíbrio da pressão arterial. Além disso, pode conter boas quantidades de colina, essencial para a função cerebral e cardiovascular.
O substrato produzido pelas abelhas apresenta ação antioxidante, que promove maior proteção ao organismo contra os danos causados pela formação diária de radicais livres, ou seja, o envelhecimento. Quanto mais escuro o mel, maior a quantidade de polifenóis, e melhor seu poder antioxidante.
O mel ainda é fonte de triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e bem-estar.
E não é necessário abusar da quantidade de mel para ter tantos benefícios: bastam 15 ml, ou uma colher de sopa, do fluído ao dia, para tirar proveito das vantagens desse alimento tão saboroso. É importante ressaltar que o mel deve ser inserido em uma dieta saudável. Portanto, procure um nutricionista!
Contraindicações:
– O mel não é aconselhado para crianças de até 3 anos, devido à possibilidade do intestino, ainda imaturo, não impedir a entrada de pequenos micro-organismos, presentes no alimento, que podem contaminar as crianças. Além disso, ainda existe a possibilidade de intoxicações graves com esporos de uma bactéria encontrada comumente no mel chamada Clostridium, responsável pelo botulismo. O risco é maior no primeiro ano de vida.
– Os diabéticos devem evitar o mel, pois possui muito açúcar simples, que eleva rapidamente a glicemia.
– Pessoas com tendência a alergias podem manifestar mal estar gástrico e até dor de estômago, devido aos grãos de pólen presentes no mel.
Fique atento para a procedência do mel. Opte sempre pelo produto que tenha as informações da fabricante e o selo do Serviço de Inspeção Federal (S.I.F.), que tem como objetivo normatizar e autorizar a produção e comercialização de todos os alimentos de origem animal no Brasil.