Professores com equipamento de proteção individual, todos de máscaras e nenhuma aglomeração. Esse é o cenário encontrado por quem entra hoje em qualquer sala da rede Bodytech. Treinamentos de equipe e adaptações rigorosas na rotina das academias foram os primeiros passos pré-retorno. Com todas as mudanças em curso, foi possível garantir a volta aos exercícios, hábito tão essencial para manter a saúde em dia. 

Para Mariana Barcelos, a vontade de voltar a treinar na academia era grande. Durante o período de isolamento em casa, a aluna da Bodytech Lago Sul, no Distrito Federal, tentou manter os exercícios na rotina, mas sentia falta da infraestrutura oferecida na academia. Quando a Bodytech onde treina reabriu, Mariana não pensou duas vezes em voltar.

“Treino há sete anos. O fato de sair de casa e ir pra academia me motiva muito. E estou gostando das adaptações nesse novo normal na BT. Me sinto segura nos espaços, porque a limpeza está impecável”, conta Mariana.

Mariana retomou os treinos na academia com toda segurança

A percepção de higienização rigorosa tem motivo. A empresa contratada pela BT faz uma assepsia especializada em combate a vírus nos ambientes diariamente e o uso de máscara e álcool em gel para lavar as mãos se tornaram hábitos dentro das academias. 

Distanciamento como medida obrigatória 

Nas cidades onde a determinação é funcionar através do agendamento, o aluno pode marcar sua ida à academia direto no aplicativo em poucos cliques. Além disso, todos os espaços estão com demarcações para respeitar o distanciamento estipulado pelos autoridades locais.

Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Oslo, na Noruega, analisou as taxas de contaminação de coronavírus dentro de cinco academias. Para isso, a pesquisa acompanhou 3.764 pessoas, com idade entre 18 e 64 anos, sem comorbidades relevantes. 

Dos participantes, 1.896 voltaram a treinar na academia, enquanto 1.868 ficaram afastadas das atividades. Do grupo que retornou, 80% usou as instalações pelo menos uma vez no período e 40% foi mais de seis vezes.

Os resultados do estudo comprovaram que apenas um indivíduo foi contaminado por coronavírus e ele não fazia parte do grupo que frequentou a academia. Para os líderes do trabalho, as medidas de segurança, principalmente o distanciamento, foram fundamentais para que não houvesse transmissão. 

De acordo com o médico Sérgio Maurício, não há dúvidas de que o retorno das academias pode ser seguro.

“As medidas de distanciamento e o uso das máscaras foram fundamentais até aqui e continuarão sendo até que tenhamos uma vacina.”, afirma.

Ainda na visão do médico, os esportes são muito mais do que um recurso para emagrecimento. São ótimos aliados na luta contra doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares, e devem seguir na rotina das pessoas.

Uso de máscara durante o exercício 

Com a obrigatoriedade, muita gente tem perguntado se a proteção facial impacta a performance. Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech Company, explica que o uso da máscara ainda deve durar mais algum tempo, por isso é preciso aprender a conviver com ela também durante os treinos. Segundo Eduardo, o principal obstáculo do EPI é a queda na frequência respiratória, pois a pessoa precisa respirar mais devagar para superar a resistência da máscara.

As melhores opções para treinar são as máscaras já desenvolvidas para realização de atividades físicas e as feitas de algodão ou TNT – de preferência as com camada dupla, filtro no meio e tecido hidrofóbico para evitar o acúmulo de líquido. Dudu não indica a utilização de máscaras hospitalares e as N95.

“É um momento de adaptação fisiológica. As atividades de alta intensidade serão especialmente difíceis de serem realizadas, mas é importante ter paciência, se manter em atividade e treinar de maneira leve ou moderada”, esclarece. Ou seja, um retorno com calma e segurança só tende a ser positivo para o bem-estar de todos.