*Por Priscila Castilhos, nutricionista consultora Bodytech Fashion Mall (RJ)

A manteiga é um derivado do leite composta por cerca de 80% de gordura, sendo o restante água, resíduos de lactose (açúcar do leite) e de butirina. Rica em ácidos graxos saturados, a manteiga é um alimento que causa muita dúvida quanto ao seu consumo, pois nas últimas décadas a prevalência de doenças cardiovasculares tem aumentado progressivamente e alguns estudos têm demonstrado haver uma associação entre a ingestão de gordura saturada e o predomínio dessas doenças.

As diversas recomendações para a redução do consumo de gordura saturada e colesterol na dieta para minimizar os riscos de doenças cardiovasculares geraram um aumento no consumo de alimentos processados com baixo teor de gordura ou zero gordura e que substituíram as gorduras “malignas” por carboidratos, principalmente açúcares e amidos refinados ou modificados, xarope de glicose etc, que o corpo trata como açúcar. Reduzindo, sim, os problemas cardíacos, mas, em contrapartida, aumentando as doenças inflamatórias como a obesidade, diabetes tipo 2, artrite, problemas de fígado, redução dos níveis de colesterol HDL, aumento de triglicérides e câncer.

Então, o que devemos fazer? Adotar uma dieta balanceada é o ponto chave para uma vida saudável e longa. Devemos buscar sempre o equilíbrio. O exagero, tratando-se de alimentação, leva a doenças e problemas sérios de saúde.

A alimentação deve ser um prazer e não uma tortura. Se você sente prazer comendo manteiga, por que não consumir? Desde que esse consumo seja controlado e associado a outros alimentos como verduras, frutas, carnes principalmente magras, como frango e peixe, ovos, gorduras monoinsaturadas como azeite, abacate, nozes. E não se restringir apenas a um grupo de alimentos, fazendo o uso exclusivo dele no seu dia a dia.

Falando-se no principal benefício da manteiga, ela é rica em ômega-6, que é um ácido graxo essencial para o bom funcionamento do organismo, combatendo o LDL e os altos níveis de glicose no sangue. O organismo reconhece a gordura da manteiga como natural e consegue metabolizar de uma forma mais satisfatória.