*Vinicius Ruiz, instrutor Crossfit BT Città, entrevista o atleta Guilherme Malheiros
Guilherme Malheiros, de 17 anos, é uma das grandes promessas do Crossfit brasileiro. Ele foi segundo lugar no último CrossFit Games na categoria de atletas de 16 e 17 anos. O carioca de Macaé bateu um papo com Vinícius Ruiz, instrutor de Crossfit da BT e uma das referências do esporte dentro da nossa rede.
VR: Como e quando você conheceu o Crossfit?
GM: Meu pai fez um curso em 2010 com Joel Fridman, primeiro head coach brasileiro que trouxe a metodologia ao Brasil. Depois do curso, meu pai comentou sobre o Crossfit e fizemos alguns treinos em casa, mas não sabíamos nada sobre o esporte, nem tínhamos formação em Educação Física, então paramos. Quatro anos depois, em 2014, inaugurou um box em Macaé — onde Guilherme treina até hoje — e meu pai ficou superempolgado e fomos conhecer, mas eu só comecei a treinar mesmo em 2015.
VR: Sua família foi sua parceira nesse início, não é?
GM: Demais! Eu jogava basquete e meu pai não gostava muito de basquete, risos, mesmo assim me apoiava. Mas ele queria que eu praticasse o Crossfit. Sempre falava e me pilhava. Desde sempre me apoiaram, compravam roupas, materiais e acessórios. Me dão suporte psicológico e estão sempre ao meu lado para ajudar no que for necessário.
VR: Como é sua rotina de treinos?
GM: Eu faço duas sessões de segunda a sábado com descanso programado às quintas ( rest ativo) e domingo. São duas horas por sessão de treino mais ou menos.
VR: Como é sua alimentação hoje? Alguma mudança em relação aos tempos de basquete?
GM: Teve sim. Na época do basquet, só comia besteiras, mas agora tento me policiar, evitando doces. Minha alimentação é bem equilibrada com as devidas porções de proteína, carbo e gordura, mas sem muitas restrições radicais. Coisas do tipo: não posso comer isso, aquilo… acho loucura! Tem dias que me permito comer algo fora da dieta, treino muito todos os dias, então não fico neurótico, me permito comer algo se tiver vontade.
VR: Em relação ao CrossFit Games, o maior campeonato do mundo onde você representou o Brasil e Rio de Janeiro ficando em 2º lugar, como foi participar?
GM: Irado! Um campeonato muito organizado, onde estão os melhores do mundo. Você se testa ao máximo. Não tem teste mais forte do que aquela competição. É uma competição excelente pra se testar entre os melhores, ver nossas deficiências e trabalhar ao decorrer da carreira, para as próximas competições.
VR: Quanto tempo de descanso após uma competição desse nível?
GM: Uma semana de descanso total.
VR: Seus próximos planos, campeonatos… já estão programados?
GM: Em parte sim! Em novembro, vou participar do Monstar Games, depois faço o qualifier (classificatória) do WODapalooza. Depois disso, foco total no open ( classificatória ) para voltar ao Games ano que vem se Deus quiser!
VR: Qual conselho você daria para quem quer começar a praticar Crossfit ?
GM: Antes de tudo, deixar de lado o preconceito. Não vá pelo o que as pessoas falam por aí, que machuca, que é forte demais! Vai sem medo, experimente! Não tenha receio de testar e faça uma aula em uma box com profissionais capacitados e com formação. Treine no seu limite, sem extrapolar e sem fazer coisas impostas a você. Tenho certeza que vai se apaixonar!