*Leonardo Matta, profissional de Educação Física convidado pela Optimum Nutrition

Quando falo em palestras sobre emagrecimento, sempre ensino aos ouvintes a não estimarem a eficiência do exercício pelo seu gasto energético, mas pela sua capacidade em gerar saturação e adaptação de enzimas. Como assim? Vocês devem se perguntar como alguém que  faz tiros curtos e intensos pode ter resultados superiores em relação a emagrecimento quando comparado a quem fica horas em um treinamento de baixa intensidade.

Um estudo (GIANNAKI, C. D. et al., 2015) avaliou oito semanas de treinamento HIIT e concluiu que ele foi capaz de melhorar a aptidão física e reduzir parâmetros de gordura a níveis visceral e total. O estudo sustenta a informação de que as adaptações causadas foram superiores em comparação com treinamentos convencionais e de baixa intensidade, tendo como parâmetro a redução da adiposidade visceral. A relação de sua eficiência está atrelada a intensidade do treinamento acima de um limiar anaeróbio onde os estímulos rompem a faixa do “steady state” — momento em que todas as funções necessárias para desempenhar um exercício estão em equilíbrio, ou seja, todos os órgãos estão trabalhando bem, com uma quantidade de suprimentos ideal para aquela exigência. Essa faixa está atrelada à igualdade de oferta de oxigênio a nível celular e a necessidade de consumo pela organela responsável, chamada MITOCÔNDRIA.

Imaginem vocês: se eu não tenho necessidade de trabalhar o aparelho mitocondrial sobre maiores intensidades, por decorrência do estado estável do exercício aeróbio, a sua necessidade de formação se torna menos estimulada. Pensando nesse princípio, entendemos que, com a intensidade acima desse limiar, pode ser uma maneira eficiente de estimular sua formação.

Onde quero chegar nessa viagem? Se embora meu treinamento tenha sido curto, mas intenso o suficiente para estimular a respiração da célula, consequentemente eu exerço um impacto acentuado na taxa metabólica basal, favorecendo o emagrecimento quando aliado à alimentação correta.

O exercício físico só corresponde a 20% do gasto energético diário, portanto, modular a atividade enzimática influencia diretamente no metabolismo basal. Lembrem-se: contar calorias durante o exercício não significa nada! O exercício representa 20% do seu gasto calórico diário. Na verdade, o exercício tem que ser o estimulador das adaptações fisiológicas que gerarão mudanças estruturais pela melhora da função!

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