Fotografar surfistas em praias tropicais parece ser um sonho para muita gente. Mas não para o fotógrafo Chris Burkard. E, acredite, essa conclusão foi tirada depois que ele passou por lugares maravilhosos – e quentes! Em uma palestra do TED, ele contou um pouco da sua história.
Quando tinha 19 anos, Chris largou tudo para ir atrás do que achava ser o seu sonho: céu azul, praias paradisíacas e um bronzeado que durasse o ano todo. “Para mim, a vida não poderia ficar melhor.”
Aos poucos, no entanto, o fotógrafo percebeu que essa não era sua praia. Quanto mais viajava para esses lugares, menos se sentia gratificado. Ele queria aventura e estava encontrando rotina.
“Comecei a procurar lugares descritos por outras pessoas como frio demais, remoto demais, perigoso demais para surfar”, conta. “Iniciei essa cruzada contra o trivial, porque se tem uma coisa que percebi é que, em qualquer carreira, até mesmo numa que parece ser tão glamourosa como a fotografia de surfe, há o risco da monotonia”.
Nessa tentativa de quebrar a rotina, Chris descobriu que só um terço dos oceanos da Terra é quente – as partes que ficam perto do Equador. E concluiu: se estava em busca de ondas perfeitas, acabaria em algum lugar muito frio.
“Na minha primeira viagem para a Islândia, compreendi que tinha encontrado exatamente o que estava procurando. Fui surpreendido pelo lugar, mas também pelo fato de achar ondas perfeitas em um lugar tão remoto”, relembra.
No meio dessas condições, ele se deu conta de que havia achado um lugar em que tinha “uma conexão com o mundo que sabia que não iria encontrar em uma praia lotada”. Foi a partir desse momento, em que diz ter se viciado em água gelada, que Chris focou a carreira para esse tipo de ambiente: rude e inesquecível. Ele foi para lugares como Rússia, Noruega, Alasca, Chile, entre muitos outros.
E você: encararia um mar cheio de gelo?