Você sabe que manter o corpo em movimento é extremamente importante? Quando falamos em ter uma vida ativa e saudável, os termos atividade física e exercício físico vêm à nossa cabeça. Embora tenham significados diferentes, uma coisa é certa, tanto um quanto o outro trazem benefícios à saúde física e mental. 

Para entendermos um pouco melhor sobre essa diferença conversamos com o profissional de educação física Marcos Vinícius, mestre pela UFRJ em Motricidade Humana e professor da unidade BT Maria Angélica. Segundo ele, independente  do contexto, todos os dias chamamos uma atividade física de exercício físico, como por exemplo, uma partida de futebol no final de semana. 

Atividade Física X Exercício Físico

De acordo com Marcos Vinicius, a atividade física é um comportamento no qual envolve os movimentos do corpo, sendo feitos intencionalmente. Já os movimentos involuntários, como por exemplo, respirar, não contam como atividade física, claro! 

Nesse contexto, a atividade física pode estar inserida no lazer e nas tarefas do cotidiano. Já o exercício físico é quando temos uma atividade física de forma planejada e estruturada voltada para o objetivo de melhorar ou manter a performance física,  por exemplo: estrutura muscular, equilíbrio, flexibilidade, mobilidade. “Todo exercício físico é uma atividade física, mas nem toda atividade física é um exercício físico, o ideal é planejar uma rotina de exercícios físicos, que se enquadre em seu cotidiano para obter melhores resultados”, explica.

Uma boa orientação para cada fase da vida! 

Ainda segundo o professor, quando falamos em planejamento de treino, temos que levar em consideração e respeitar as fases de desenvolvimento do ser humano, tais como: aprendizagem motora e cognição. Quando subdividimos em fases, conseguimos organizar um trabalho de desenvolvimento. 

Levando em consideração também as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde), o Ministério da Saúde orienta que as pessoas devem praticar 150 minutos semanais de atividade física moderada ou pelo menos 75 minutos de atividade física de maior intensidade por semana.

Pensando na realidade de cada faixa etária e suas respectivas necessidades, o professor Marcos Vinícius explica cada uma das fases de desenvolvimento e seus prós e contras. Olha só:

Crianças e jovens: 5 a 18 anos –  É um fase delicada onde o indivíduo está em constante aprendizado e desenvolvimento, sejam eles motores, cognitivos ou afetivos. Logo podemos citar as crianças inseridas em desportos coletivos, devido ao ambiente que ela participa, pois consegue aproveitar melhor essa vivência, auxiliando assim a aprendizagem. Em relação ao jovem, a fase de desenvolvimento será tudo aquilo que foi aprendido quando criança. 

Adultos – Esta fase pode ser considerada como “uma vilã”. Cada vez mais temos menos tempo para nos cuidar, e somado a isso, o corpo já começa a entrar em declínio. Nesse contexto, sem termos uma rotina de exercícios físicos adequada, alguns processos como a perda de mobilidade e o declínio da coordenação aceleram, podendo dar início a dores musculares, por exemplo.

Idosos – É uma fase que temos um declínio cognitivo, motor e perda de massa muscular, o que pode gerar perda de autonomia do idoso, prejudicando seu dia a dia. 

DICA: Crie uma rotina para fazer o exercício físico que se encaixe no seu cotidiano, com uma margem para praticar diversas atividades até se identificar com uma que te faça feliz e promova um estilo de vida mais saudável. 

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