*Por Jessica Leite, nutricionista consultora Bodytech NorteShopping (Rio de Janeiro)

Nosso organismo é muito inteligente. Graças às reações fisiológicas, o corpo humano aprendeu a poupar energia em meio a determinadas situações para se precaver do pior. Até aí tudo bem, mas o mundo mudou e já não tem mais nada a ver com os tempos das “cavernas”. O que torna o estresse de hoje mais “gordo”. E isso não significa aquela velha história de que comemos mais e pior quando estamos sob os efeitos do nervosismo.

Artigos científicos já comprovam que o estresse aumenta as taxas de cortisol e de insulina. Juntas, essas substâncias levam ao aumento do peso e daquela barriga indesejada. Isso é um sinal de que a sobrecarga mental atrapalha até a maneira como o organismo processa o que vem da sua alimentação. E o estresse prolongado leva ao aumento de depósito de gordura.

O estresse é ocasionado por inúmeras coisas no nosso dia a dia, o cérebro capta essa reação e logo secreta hormônios que são enviado à glândula suprarrenal (que fica acima dos rins). Lá é liberado o cortisol, hormônio que aumenta o apetite e faz com que o corpo estoque gordura no abdômen!

Com o aumento de apetite, a escolha e o consumo de doces e guloseimas é maior, e esse acúmulo de gorduras atrapalha a ação da insulina. Assim, o pâncreas fabrica mais insulina que, junto com o aumento do cortisol, incentiva o corpo a depositar mais gordura.

O metabolismo, por sua vez, fica superlento, o que dificulta a eliminação da gordura depositada indesejavelmente!

E o cortisol elevado tem ação catabólica, ou seja, provoca a perda de massa magra (músculo). Só que o acúmulo de gordura não para por aí: ele acaba acarretando uma esteatose hepática (gordura no fígado). Se isso acontece, infelizmente não há como reverter mais.

É claro que ninguém deve esperar chegar a esse nível. Se você é uma pessoa que vive nesse ciclo vicioso de muito estresse e ganho de peso, não basta só atividade física. Procure ajuda de um nutricionista e, dependendo da situação, de um psicólogo também. É preciso saber o motivo do ganho de peso!