Engana-se quem acha que a foto deste post é de uma turma inteira da BT. Na verdade, todas essas mulheres e meninas são uma parte da família Abi Rihan. Filhas, sobrinhas e netas treinam juntas na Bodytech Copacabana II (Rio de Janeiro), inspiradas no exemplo de dona Nancy, de 77 anos, a matriarca da família.
O jeito de bem com a vida e a simpatia gratuita com qualquer um que cruza seu caminho nem sempre fizeram parte do cotidiano de dona Nancy. Antes de se matricular na academia, ela estava para baixo, tinha perdido o marido recentemente e não sentia vontade de sair de casa. Mas a ‘equipe’ Abi Rihan — que não é pequena!— se uniu e fez de tudo para tirá-la dessa fase ruim.
As filhas Vitória e Ana Luiza, principalmente, insistiram bastante para que a mãe retomasse uma atividade física — Nancy já não praticava exercícios há oito anos. “Elas ficavam falando: “mãe, vai ser bom para você”!”. Eu não subia mais um degrau e não gostava de caminhar, me sentia enjoada. Comecei em uma aula de alongamento com as meninas e gostei”, contou. Atualmente, ela faz musculação, hidroginástica e alongamento.
Mas é só conversar por um tempinho com a dona Nancy sobre exercício físico para perceber que sua maior motivação para ir até à academia é a troca de afeto com cada instrutor, funcionário e amigos. Ana Luiza Abi Rihan, de 44 anos, conta que o carinho é tanto que a mãe até já ensinou tricô para as meninas da rouparia. Nancy faz questão de dizer que elas tinham jeito para coisa e aprenderam rápido. “Ela está mais animada, a autoestima dela é outra agora! Minha mãe leva até bolo para os aniversários da equipe,” entrega Ana.
Para os Abi Rihan em geral, os encontros frequentes na academia também ajudaram a aproximar ainda mais a família. “Estamos ainda mais unidos. Voltamos juntas para casa, conversando sobre assuntos da academia.” Unidos é pouco. Todos moram pertinho — na foto, só aparece parte da família, outros treinam em outras unidades ou não estão na foto —, passam o fim de semana juntos e, segundo a própria mãezona, se falam todos os dias: “amigos são sempre bem-vindos, mas se for só nós está bom também, a festa já está feita!”
Hoje, Nancy consegue subir escadas e tem um passo mais firme e rápido. Para Ana Luiza, essa disposição se reflete no dia a dia da mãe fora da academia também. “No meu aniversário, ela conseguiu ficar acordada com todo mundo até três da manhã,” conta Ana.
O tempo de desânimo ficou mesmo para trás. Agora, dona Nancy só quer agradecer pela família maravilhosa que tem e enxergar a vida com outros olhos. Para ela, a prioridade máxima é estar muito bem para cuidar de sua prole!
Leia a história de Wanusia Costa aqui.