*Por Carolina Marques, nutricionista consultora Bodytech Rio Sul, Tijuca e Leblon 3 (Rio de Janeiro)

A Dieta Paleolítica estimula o resgate dos hábitos alimentares do homem paleolítico, incentivando o consumo moderado de proteína (de preferência na sua versão magra) e o aumento do consumo de frutas, vegetais e raízes.

Nela, evitamos carboidratos refinados, derivados do leite e cereais como trigo, centeio, cevada, soja e milho.

Até grãos e leguminosas são cortados do cardápio (tal restrição não é muito indicada para o público vegetariano, já que as leguminosas são uma excelente fonte de proteína vegetal).

Naquela época, os alimentos eram produzidos, coletados e consumidos na sua forma íntegra.

Hoje em dia, o que vemos é uma enorme parcela da população consumindo alimentos industrializados em excesso! Muitas vezes, em função da praticidade, esses industrializados ocupam cada vez mais espaço na nossa rotina. E são exatamente estes alimentos os que estão associados ao aumento de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade e até câncer.

Pontos positivos:
– a diminuição da ingestão de aditivos químicos dos produtos industrializados;
– o estímulo ao consumo de alimentos naturais, como folhas, frutas e legumes, um dos principais pilares de um estilo de vida saudável; 
– estímulo de consumo de refeições (comida!) em vez de lanches;
– o que mais se consome mais são gorduras –as boas, é claro! Abacate, amêndoas, oleo de coco, azeite, castanhas… O que gera um poder de saciedade muito bom, já que gordura sacia mais do que carboidrato (ao contrário do que muitos pensam, não se trata de uma dieta hiperproteica).

Pontos negativos:
– não deixa de ser uma dieta restritiva. Isso pode ser complicado para pessoas que não têm tempo para preparar as refeições e precisam de opções mais práticas;
– a alimentação pode ficar um pouco monótona, o que pode fazer com que a pessoa não consiga seguir por muito tempo. Logo, não vira um estilo de vida!
não leva em consideração a individualidade entre as pessoas.

Sabemos que a nutrição é uma ciência em constante mutação, portanto a escolha da dieta ideal deve ser de acordo com questões genéticas, histórico de saúde e exames de sangue.

Uma dieta variada, que respeite as preferências alimentares, o estilo de vida e as necessidades individuais ainda é o melhor caminho, pois pode ser mantido para a vida toda, e é isso que vale! Não deixe de procurar uma orientação nutricional antes de qualquer mudança na alimentação!