Muitas coisas mudaram na rotina de todos desde o início da pandemia. Passar mais tempo em casa será uma realidade por um bom tempo. Diante disso, várias empresas estão optando pelo home office, inclusive, pensando em adotar a nova dinâmica no momento pós-restrições de distanciamento. Trabalhar de casa para quem não tem filhos já exige adaptações e, para quem tem crianças, essa necessidade é ainda maior.

Assim como um dia normal no escritório, a carga-horária em casa precisa ser planejada e ter organização. Apesar das interferências ao longo do dia com demandas das crianças, que são naturais de acontecerem, é importante estipular horários, segundo a psicóloga e pós-graduada em psicopedagogia  Carla Guth.

Falando assim, parece fácil, nós sabemos. Mas a tentativa de organizar só será possível como exercício diário. Em alguns dias, vai funcionar mais, outros nem tanto. “Os espaços podem ser divididos em vários momentos para que cada um possa ter seus afazeres e individualidade, mas o momento te convida a entender que podemos conviver em harmonia”, analisa a especialista.

Horário de trabalho

Especifique horário de início e fim e organize suas reuniões de trabalho e suas metas para que as entregas sejam cumpridas.

Horário para tarefas de casa

Defina as prioridades para cada dia da semana. Divida por dia e período. A ideia é não acumular muitas coisas no mesmo dia e ter flexibilidade, caso necessário.

Horário para coisas que você gosta de fazer

Escutar uma música, ler um livro, assistir algo na TV, fazer um exercício físico, relaxar, meditar, cozinhar ou mesmo ficar em silêncio.

Horário para estar em família

Atividades juntos que possibilitem que vocês possam conversar, trocar ideias, contar e ouvir histórias.

Paciência e tolerância nas relações familiares

O momento deixa todos sensíveis e torna qualquer problema mais evidente. O caminho é exercitar a paciência. De acordo com Carla, caso os ânimos se alterem, parem e redefinam os espaços e necessidades de cada um. Fiquem atentos e não tenham pressa de falar ou reclamar. Saiba pausar e propor uma solução mais confortável a todos. Não é hora de economizar carinho nem tolerância.

Ter conversas diárias ou mais rotineiras geralmente funciona. “Pensando nas crianças e adolescentes, um lembrete importante: cabe aos pais estabelecer alguns limites, combinar como cada um pode contribuir no todo e abrir espaços para sugestões”. Ideias são sempre bem-vindas. Assim, todos se sentem incluídos, respeitados e mais dispostos a colaborar com a harmonia da família.