Cuidar para que os níveis de colesterol não saiam do normal é uma tarefa que envolve atividade física regular, controle do estresse e alimentação saudável. Em relação ao que comemos, açúcar em exagero e pratos gordurosos estão intimamente ligados às taxas de LDL, conhecido como o colesterol ruim. Em excesso, ele se acumula nas paredes das artérias e pode potencializar os riscos de desenvolver infarto e AVC. De acordo com a nutricionista Carla Maione, alguns alimentos ajudam no controle do LDL e aumentam as taxas de HDL, chamado de colesterol bom.

Segundo Maione, o colesterol é uma substância gordurosa naturalmente encontrada no corpo, cumprindo o papel importante de manter cada célula em pleno funcionamento. “Existem dois: o colesterol HDL, que “carrega” o colesterol ruim do corpo para o fígado, onde é eliminado, e o colesterol LDL, que é perigoso porque pode se acumular nas artérias e dificultar a chegada de sangue em órgãos importantes, como o coração e o cérebro”, explica a nutricionista.

O que comer para diminuir o colesterol

Alimentos ricos em antioxidantes ajudam a reduzir os índices de LDL, além disso, por causa das fibras, eles também evitam que a gordura seja absorvida no intestino, sendo eliminada nas fezes. Maione aponta alguns deles: tomate, cenoura, aveia, abóbora, laranja, melão, mamão e abacaxi. Já para aumentar os níveis de HDL, entram na rotina grãos integrais, leguminosas, linhaça, nozes, abacate e chia.

Mas e o estresse?

De acordo com a nutricionista, o fator estresse também influencia a questão do colesterol. Isso porque quando estamos em estado de alerta, em constante vigilância e preocupados, nosso organismo produz mais cortisol, um hormônio que também obstrui as paredes de veias e artérias, aumentando o risco para doenças do coração. Por isso, além de comer bem e fazer exercício, tentar encontrar momentos de relaxamento, conversar sobre os problemas com pessoas com quem nos sentimos à vontade e evitar situações de estresse agudo são fundamentais no controle do colesterol.

Treinos regulares fazem parte do tratamento

Para intensificar os cuidados com as taxas de colesterol, é preciso treinar frequentemente. “Os exercícios melhoram o funcionamento dos processos enzimáticos, ou seja, aumentam a quebra de lipoproteínas ricas em triglicerídeos, formando menos partículas de LDL”, esclarece Carla Maione. E não é necessário virar atleta! O efeito agudo ou crônico do exercício aeróbio, tanto de baixa como de alta intensidade e duração, já contribui para o quadro do paciente. “Fazer alguma atividade aeróbia moderada de 30 minutos, pelo menos três vezes por semana, é um ótimo passo”, aconselha a nutricionista.

Além do conjunto atividade física, treino e tranquilidade, outros fatores como genética e faixa etária podem manter ainda os índices de colesterol acima do recomendado, por isso é importante sempre fazer o acompanhamento junto a um profissional de saúde e caso seja necessário, usar medicamentos de controle com prescrição médica.