Parar de comer proteína animal de uma vez pode ser difícil para muitas pessoas. Se você tentou e sentiu muita falta, saiba que existe uma alternativa que pode te ajudar a manter uma alimentação saudável com menos carne. Já ouviu falar do flexitarianismo? Com o apoio da nutróloga Nivea Bordin, da Clínica Leger, vamos explicar o que é, quais são seus benefícios e suas diferenças em relação a outras dietas já conhecidas. 

O termo flexitarianismo vem da junção das palavras “flexível” e “vegetarianismo”. A ideia é diminuir a ingestão de alimentos de origem animal. A dieta se baseia no consumo de frutas, legumes, cereais integrais, proteínas vegetais e ingestão eventual de carnes no geral (bovina, suína, frango, peixes e frutos do mar). 

Existe diferença do flex para o vegetarianismo, veganismo e outros?

De  acordo com a médica, há diferenças importantes. Os vegetarianos consomem nenhum tipo de carne de origem animal. Dentro do vegetarianismo, existem quatro vertentes: o vegetarianismo estrito, no qual não há consumo de qualquer alimento ou produto de origem animal, o lactovegetarianismo, em que os adeptos  consomem leite e derivados como iogurte, queijos e requeijão, e o vegetarianismo, que pode ser associado à ideia de estilo de vida, pois não há ingestão, consumo ou qualquer atividade que envolva sofrimento animal.

Na visão da nutróloga, o flexitarianismo é uma forma mais saudável de se alimentar. A carne vermelha é uma boa fonte de proteína, mas contém gorduras na fibra muscular que dificultam a digestão e o funcionamento pleno do sistema gástrico. 

“É superimportante a gente reduzir a ingestão de carne vermelha no nosso dia a dia. O alto consumo aumenta o risco de desenvolver doenças cardíacas, infarto e pressão alta” avalia.

Consumir carne vermelha todo dia é uma boa pedida?

Segundo Nivea, a população brasileira tem o costume de comer carne vermelha duas vezes ao dia, o que não é o recomendado. A dica é substituir por peixes, frutos do mar, ovos e frango orgânico, mas não tirar por completo do cardápio, pois as proteínas bovina e suína possuem aminoácidos, vitaminas B1, B2, B3, B5, B6, B12, fósforo, zinco e ferro essenciais para a saúde.

Esses regimes não são imposições alimentares, mas alternativas para quem deseja mudar para um estilo de vida mais saudável. Até porque, nem todo mundo consegue se alimentar integralmente de vegetais ou trocar a carne vermelha por outras fontes de proteína devido à dedicação de tempo, dinheiro e necessidades de cada organismo.

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Uma opção mais sustentável e um passo para outras formas de alimentação

O flexitarianismo prioriza a origem dos alimentos e a maneira de consumi-los. Essa redução gradativa da carne no prato pode ser um jeito de aderir à ingestão quase zero da proteína animal, caso essa seja a intenção, pois a pessoa diminui a quantidade a ponto de não sentir mais tanto prazer ou falta de comer. 

Pensando em mudar sua alimentação radicalmente? Antes, procure um profissional da área. Ele vai avaliar seus gostos, rotina e necessidades nutricionais e te ajudar nessa transformação.