A relação com o peso sempre foi difícil para Luciana Dias, de 32 anos. Desde a adolescência, para chegar a um ideal de número na balança, ela se submeteu a dietas e procedimentos que nunca ofereciam o resultado esperado: ficar bem com seu próprio corpo. A meta era sempre um casamento, as férias, ficar um mês de dieta… E depois voltar aos hábitos de antes. A advogada perdeu a conta de quantas vezes passou pelo processo de se encher de expectativa e motivação, ver mudanças no espelho, desanimar, interromper com tudo e voltar a ganhar peso. Até que em outubro de 2017, ela começou esse caminho por uma via diferente. Buscou endocrinologista, nutricionista e um personal trainer e passou pela famosa reeducação alimentar. Sem pressa e sem data para acabar, ela perdeu desde então 33 quilos.
O que você acha que fez diferente dessa vez em relação a todas as outras tentativas?
Antes eu me dedicava, mas quando passava a fase da empolgação, eu abandonava. Com isso, tive vários ‘reganhos’ de peso. Eu cheguei a colocar um balão no estômago. Quando eu tirei, voltei ao peso e até ganhei mais. Fiquei com obesidade num grau nível 2. Foi nessa hora que a minha saúde começou a dar sinais. Tive nível alto de gordura no fígado. Eu já estava à beira de fazer uma cirurgia de redução de estômago, aí pensei que nada daquilo estava funcionando e que a cirurgia também não iria funcionar para mim.
A diferença dessa vez é que não encarei a dieta e o exercício com prazo determinado. Encarei como uma transformação. Comecei a lidar com a alimentação de um jeito diferente, ver o exercício como algo que me trazia bem-estar.
Como é sua rotina hoje?
Totalmente diferente. Eu faço musculação três vezes na semana na BT Tirol, dança e aulas de corrida. Eu me organizo pra fazer as compras, domingo eu cozinho e deixo prontas todas as minhas refeições da semana.
O que foi mais difícil?
Eu acho que a coisa mais difícil é sair da inércia, dar o primeiro passo e incluir tudo isso na rotina. Saber lidar com as falhas, você não tem um caminho só de vitórias. Você sempre tem que saber recomeçar, o que existe são erros e acertos. Muitas vezes eu tive episódios de deslize e pensei em jogar tudo para cima, mas consegui recomeçar. O importante é recomeçar de onde parou.