*Por Elissa Amaral da Cunha, nutricionista consultora Bodytech
Mudanças ocorridas na estrutura familiar, como o fato de hoje serem incomuns refeições com horários definidos e cardápios elaborados para o consumo em família, influenciaram o padrão alimentar.
Nesse contexto, aumentam a diversidade e a oferta de alimentos industrializados, que passam a substituir refeições e modificam os padrões alimentares das crianças.
O consumo excessivo desses alimentos, porém, compromete a saúde nas fases subsequentes da vida, principalmente por predispor ao sobrepeso, à obesidade e a outras doenças crônicas associadas. ]
A tecnologia aplicada pela indústria de alimentos para aumentar a praticidade e o tempo de vida útil desses produtos também tem gerado questionamentos quanto à segurança do emprego de aditivos alimentares, fundamentalmente quando são usados corantes artificiais. Estes podem gerar reações tóxicas no metabolismo, desencadeando alergias e alterações no comportamento, além de serem carcinogênicos a longo prazo.
Quando falamos em crianças e adolescentes, a maior preocupação está no fato de estas serem uma das maiores categorias (senão a maior) consumidoras desses produtos. E são também as mais suscetíveis às reações adversas provocadas pelos aditivos alimentares: isso acontece em função da imaturidade fisiológica, que prejudica o metabolismo e a excreção dessas substâncias.
Inegavelmente, o uso e seus efeitos negativos devem ser considerados também em função da frequência com que os aditivos são consumidos, assim como sua quantidade por kg/peso.
Como medida preventiva, temos que ficar atentos aos rótulos dos produtos, tentando evitar ao máximo o excesso do consumo de alimentos industrializados repletos de aditivos químicos, como sucos de caixinha, gelatinas, refrigerantes, biscoitos, balas, enquanto não temos legislações brasileiras que proíbam a adição dessas substâncias.
Para entender melhor, consulte um profissional nutricionista.