*Por Braian Cordeiro, nutricionista convidado pela Optimum Nutrition

O cafezinho é o amigo do dia a dia, aquela ajuda que faz a gente se sentir mais disposto e ativo. No âmbito esportivo, sabemos que a cafeína (vinda tanto do café como dos suplementos) garante a melhora da performance, seja por melhorar reflexos, velocidade de reação ou potência. Além disso, ela ainda atua na aceleração da recuperação.

Contudo, existem pessoas que não toleram grandes quantidades ou tem efeitos reduzidos da cafeína no organismo. Isso se dá por que a atuação dela está associada a dois genes: CYP1A2 e ADORA2A.

O CYP1A2 tem relação com a metabolização hepática da cafeína e uma alteração de um pedacinho desse gene faz com que você metabolize mais lentamente ou mais rápido a cafeína. Se você for metabolizador rápido de cafeína, por exemplo, os seus efeitos têm durações menores (média de 2 horas), mas para a performance, isso pode ser bastante interessante. Mas um metabolizador lento de cafeína pode manter o efeito dela por até 8 horas e as repostas em relação à performance não são tão evidentes.

Já o ADORA2A faz com que você sinta menos cansaço e fadiga, mas, por outro lado, se você usar uma dose elevada de cafeína, uma das variações desse gene pode aumentar e muito os níveis de ansiedade ou ainda fazer você perder o sono com o consumo excessivo (acima de 200mg), o que pode afetar a sua performance, já que dormir bem é fundamental!

Portanto, percebe-se que devemos respeitar a individualidade de cada um e adaptar de acordo com o que seu corpo responde e precisa. Consulte um nutricionista para que, juntos, consigam planejar uma estratégia para aumentar sua perfomance no treino!