*Por Dudu Netto, diretor-técnico Bodytech Company
Com certeza você já ouviu falar ou experimentou o que atualmente é considerado o treino da moda: o HIIT. Os exercícios intervalados de alta intensidade são bastante populares e atualmente são considerados uma das maiores tendências do fitness. Apesar de toda a popularidade, trata-se de um método que é utilizado há bastante tempo. Os estímulos de HIIT normalmente incluem esforços intensos de 6 segundos a 4 minutos – o que corresponde a cerca de 90% de capacidade aeróbia máxima –, intercalados com estímulos de recuperação.
Os estímulos podem incluir diversos tipos de exercícios, tais como:
– Saltos;
– Cordas;
– Ketlebell;
– Exercícios com peso corporal;
– Corrida;
– Além do uso de ergômetros, como bicicletas, remos e elípticos.
Atualmente, o assunto é parte de inúmeros debates entre especialistas, e meu receio é quanto à polarização das opiniões. É muito comum depararmos com profissionais utilizando a metodologia como se fosse a solução para todos nossos problemas e, portanto, é inevitável que possa ser utilizado de forma inadequada. E, na contramão, surgem aqueles que ceticamente afirmam que não deveria ser utilizado, principalmente por iniciantes e obesos, uma vez que representaria um sério risco à saúde dos mesmos.
Dentro deste contexto, até que ponto as evidências científicas nos permitem afirmar e desta forma prescrever um treinamento intervalado de alta intensidade?
Quais são os benefícios do HIIT?
O treinamento HIIT surgiu para melhorar:
• a performance aeróbica e anaeróbia;
• a pressão sanguínea;
• a saúde cardiovascular;
• a sensibilidade à insulina, pois os músculos usam mais prontamente a glicose para produzir energia;
• os perfis de colesterol;
• a gordura abdominal e o peso corporal enquanto mantém a massa muscular.
O benefício mais comum do HIIT – e certamente altamente significativo – é no que diz respeito à melhoria do consumo máximo de oxigênio, que está associada a uma importante proteção contra doenças cardíacas. Assim, o HIIT pode ser considerado o método mais vantajoso para combater os efeitos da doença cardiovascular, a principal causa de morte em todo o mundo e, talvez, igualmente importante são os efeitos agudos e crônicos do HIIT sobre a melhora da sensibilidade à insulina, tornando-se um forte aliado ao combate ao Diabetes, obesidade e síndrome metabólica.
Os efeitos do HIIT sobre a gordura visceral e a perda de gordura subcutânea são bastante encorajadores. E o impacto que o HIIT tem na redução da pressão arterial quando elevada) e na melhora do colesterol HDL são promissores.