Comida japonesa é uma delícia e muita gente adora. Ela é uma ótima escolha pra quem quer comer algo mais leve e supernutritivo. Mas pedir umas trinta peças, frituras, doces e ainda se acabar nos molhos pode não ser a melhor opção na hora de manter o foco na dieta. A nutricionista Luana Rocha Mercadante conversou com a gente e deu umas dicas bem bacanas para curtir um japa, mas sem peso na consciência.
A vantagem da culinária japonesa, além de ser uma experiência boa, é desfrutar a comida com os olhos, para além do paladar. Por ser muito diferente do que os brasileiros comem regularmente, os pratos japoneses instigam pela presença de peixes e frutos do mar crus, pela delicadeza na apresentação e pelos sabores e texturas sutis que mesclam com os temperos mais acentuados.
Esse não é o único benefício…
Para quem busca perder uns quilinhos, a comida japonesa pode ser muito válida, pois tem opções ricas em proteínas, como o salmão e o atum que são fontes excelentes de ômega-3, e vitaminas e fibras presentes no edamame e nos cogumelos. Apesar do valor nutricional ser positivo, o cardápio pode ter algumas tentações empanadas e fritas ou com excesso de queijos (cheddar e cream cheese), que atrapalham um pouco a dieta.
Vá com cautela na hora de utilizar os molhos, pois o shoyu contém muito sódio e o teriyaki tem um teor alto de açúcar. Alguns restaurantes oferecem a versão light do shoyu, mas, se não tiver, o truque é acrescentar umas gotas de água para diluir a quantidade de sal ou trocar pelo coco amino – opção vegana com menos sódio, sem soja, zero lactose e zero glúten. Para quem pede um japa em casa, aproveite para experimentar formas diferentes de temperar as peças, como um mix de sais e pimentas, flor de sal e azeite trufado que dão um toque bem especial.
Dá pra comer sempre que quiser?
Substituir o arroz com feijão pelo japonês de restaurantes self-service em um almoço de trabalho, por exemplo, não é nenhum problema, mas Luana afirma que essa troca constante seria um prejuízo para a dieta diária do brasileiro. Segundo a nutricionista, esses locais não possuem a quantidade significativa de verduras e legumes e, muitas vezes, oferecem as alternativas fritas e com excesso de sal.
“Também não recomendo os rodízios de comida japonesa, pois, normalmente, as pessoas comem muito mais do que quando vão no à la carte. Mas o ponto positivo é que dá para comer uma variedade muito maior do cardápio, então vai depender do autocontrole de cada um”, aconselha.
E isso vale pra quem não consegue ficar muito tempo sem comer uma comidinha japonesa. Luana diz que é difícil estipular uma frequência mensal ou quinzenal para os “viciados”, porque tudo depende do estado de saúde, das características físicas e do objetivo de cada um. Para pessoas saudáveis, ela recomenda uma refeição livre por semana, mas se o paciente já sofre com a retenção de líquido ou se tem uma meta (controle de peso ou esportes, por exemplo), não é possível flexibilizar a dieta.
Nada é proibido, porém é preciso tomar cuidado com os exageros. Opte por desfrutar dessa culinária oriental quando bater aquela vontade grande ou em ocasiões em que você reúna os amigos, a família e curta um momento prazeroso.