O óleo de coco é um alimento polêmico entre os profissionais de saúde. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e a Sociedade Brasileira de Nutrologia, entidades que respeito muito, já se posicionaram contra o seu uso para o tratamento de obesidade e outras doenças. Já os especialistas em medicina preventiva e vários nutricionistas disseminam textos defendendo o uso do óleo de coco como um superalimento, recomendando o seu uso com inúmeros benefícios no tratamento de várias doenças. Vamos aos fatos: o que o óleo de coco tem afinal? Explico em 4 tópicos!

1) O óleo de coco é rico em gorduras saturadas, porém, grande parte dessa gordura é composta por triglicerídeos de cadeia média (TCM), que têm um perfil de metabolização diferente dos triglicerídeos de cadeia longa (mais comuns em outras fontes de gordura saturada) e apresentam vários benefícios em relação aos mesmos.

2) Pesquisas sugerem que o consumo de triglicerídeos de cadeia média (TCM) pode aumentar a saciedade e reduzir o consumo de alimentos nas outras refeições, além de aumentar a taxa metabólica basal, favorecendo a perda de peso.

3) A maioria dos estudos que mostram benefícios dos TCM não são realizados com óleo de coco. O óleo de coco tem Ac. Laurico em 44% de sua composição, que é um TCM duvidoso e, aparentemente, não possui exatamente as mesmas propriedades que os outros.

4) O ponto de fumaça do óleo de coco é alto. Esse ponto é a temperatura a partir da qual a gordura oxida e produz acroleína, uma substância extremamente tóxica. Isso permite o seu uso em altas temperaturas, o que não acontece com o azeite de oliva, por exemplo. Nesse aspecto, para receitas que vão ao fogo, o óleo de coco apresenta vantagem sobre o azeite de oliva. ⠀

Na medicina, não existe guerra, existe individualização do tratamento através do trabalho de um profissional qualificado.