* Por Gabriel Alvarenga, responsável pelo setor de nutrição da Bodytech Rio de Janeiro e Brasília
O café verde é um dos suplementos/produtos mais comentados atualmente. Com propriedades antioxidantes (e por isto indiretamente emagrecedoras), ele nada mais é que o café comum que não passou pelo processo de torrefação.
E atua dessa forma em função de dois elementos: a cafeína e o ácido clorogênico.
Presente tanto no café verde como no torrado, a cafeína possui ação termogênica e estimulante no sistema nervoso central e no metabolismo, podendo ajudar em processos de emagrecimento (sempre complementado pela boa alimentação e por exercícios).
E, ao contrário do que muitos imaginam, estudos mostram que não há diferença significativa na quantidade de cafeína do café verde para o torrado, pois ela é termoestável, ou seja, resiste ao calor do processo de torrefação (1,60% de cafeína no grão verde e 1,40% no grão torrado).
Já o ácido clorogênico, este sim presente no café verde em maior concentração do que no café torrado, diminui a absorção intestinal de glicose e inibe parcialmente a ação de uma enzima responsável pela liberação de açúcares do fígado para a corrente sanguínea, mantendo assim os níveis de glicose mais baixos e, consequentemente, diminuindo o acúmulo de gordura, já que glicose elevada é transformada em gordura.
Deste modo, o café verde pode ser usado também como coadjuvante no tratamento de pacientes com diabetes ou puramente como emagrecedor.
Seu sabor não é muito agradável, e por isso é consumido em cápsulas encontradas em lojas de produtos naturais ou em farmácias de manipulação.
Um alerta: a substância deve ser usada com cautela por hipertensos, por pessoas com tendência à ansiedade, gastrite, refluxo ou fibromialgia, além de outras patologias.
É importante salientar, portanto, que, sem o acompanhamento de um profissional qualificado, uma dieta balanceada e uma rotina saudável, os efeitos do café verde podem não ser tão eficientes.