Especialistas têm estudado cada vez mais os efeitos de uma alimentação saudável para a saúde mental. Isso porque quem segue uma dieta nada equilibrada, que inclui alimentos altamente processados ​​e açúcares adicionados, por exemplo, possui um maior risco de desenvolver problemas como estresse, ansiedade e depressão.

O fato foi comprovado por uma pesquisa desenvolvida na Universidade de Binghamton, nos Estados Unidos. Nela, cientistas buscaram explorar a relação entre os padrões alimentares e a saúde mental de homens e mulheres.

Para isso, foram coletados dados de 1.209 participantes da América do Norte, Europa, Oriente Médio e Norte da África com 30 anos ou mais. Todos eles tiveram que responder a questionários sobre seus cardápios e estados mentais.

Os resultados levantaram discussões interessantes. Uma delas, por exemplo, foi a de que uma dieta pobre em nutrientes está mais associada ao estresse em mulheres do que em homens. Por outro lado, o consumo de fast-food e alimentos com altos índices glicêmicos pode potencializar esse problema em ambos os sexos da mesma forma.

Além disso, quando as mulheres consumiam frutas, vegetais verde-escuros e peixe e não pulavam o café da manhã, eram menos suscetíveis a problemas envolvendo a saúde mental. E se elas caprichavam nos cereais integrais e nas oleaginosas, então, esse benefício era potencializado.

Alimentação saudável e saúde mental: relação

De acordo com a nutricionista da Vitat Flávia Ayres Rosa, isso acontece porque o que a gente come tem uma relação direta com o nosso estado de humor. “Se a base da sua dieta for composta por comida de verdade (e especialmente por alimentos ricos no nutriente triptofano), há um aumento na produção de hormônios do prazer”, ela explica. 

A serotonina é um exemplo de substância que pode ser estimulada por meio da alimentação (e de hábitos saudáveis). Ela, além de promover a sensação de bem-estar, ajuda a regular o sono, o apetite, o ritmo cardíaco, a temperatura corporal e outras funções!

Ainda segundo Flávia, estes são os itens que vale a pena incluir no cardápio: 

  • Proteínas magras: queijo branco, frango, peru, ovos e salmão; 
  • Frutas: banana, abacate e abacaxi; 
  • Vegetais e tubérculos: couve-flor, brócolis, batata, beterraba e ervilhas;
  • Oleaginosas: nozes, amendoim, castanha-de-caju e castanha-do-pará; 
  • Algas marinhas e spirulina
  • Cacau em pó e canela

Por outro lado, existem aqueles capazes de provocar o efeito contrário na nossa mente. “Certamente você já ouviu falar no glutamato monossódico: ele é um realçador de sabor utilizado em muitos produtos ultraprocessados e prejudicial ao sistema nervoso central, contribuindo para quadros de depressão se em excesso no organismo”, afirma a nutricionista da Vitat.