*Por Julia Engel, nutricionista consultora Bodytech Ipanema (Rio de Janeiro)
O mais importante na hora de dar o primeiro passo para uma reeducação alimentar é a conscientização de que está fazendo isso por você, pela sua saúde, pelo seu bem-estar –e de ninguém mais! Digo isso pois, assim, podemos minimizar os riscos da “autossabotagem” inicial.
Querer mudar é o passo fundamental para enfrentar os desafios sem criar empecilhos.
É normal que, bem no início (antes de vermos qualquer resultado com a mudança alimentar), algumas pessoas comecem “involuntariamente” a sabotar o programa alimentar prescrito. Isso acontece pois o que mais motiva a continuidade são os resultados práticos.
Desta maneira, antes de eles acontecerem, podem aparecer alguns pensamentos do tipo: “incluir um pequeno docinho não faz mal”, “não vou comer a salada só hoje”, “vou substituir a refeição por um biscoito menos calórico”, “vou comer mais hoje e compensar amanhã”.
Tudo isso pode parecer “mínimo” ao olhar do paciente. Mas, na maioria das vezes, são trocas ou substituições muito ruins quando vistas por nós, nutricionistas. Para a gente, o que importa em uma refeição não é o valor calórico em si, mas como manteremos os hormônios do paciente em cada momento do dia. Por isso, essas trocas “inofensivas” podem ser muito mais prejudiciais do que se pensa. Com as substituições frequentes, a dieta não tem muito resultado, e as sabotagens tendem a aumentar cada vez mais.
A prática de atividade física junto com o início da reeducação é um fator extremamente positivo por várias razões: a rotina se torna um ciclo interessante no qual a alimentação passa a depender do treino e o treino da alimentação. Assim, os resultados aparecem de forma muito mais rápida e efetiva –o que é essencial para a motivação inicial. Além disso, as exercícios contribuem para a “não sabotagem” e começam a se tornar uma rotina prazerosa de ser seguida. É um momento de dedicação total a você e que você percebe um retorno estético e no bem-estar.
Antes de trocar alguma coisa no programa prescrito para você, reflita se realmente precisa fazer aquilo ou se é apenas um “comodismo” ou uma “desculpa”.
Não vá pelo caminho mais fácil, escolha aquele que trará o resultado esperado!