*Por Daniel Medina, pesquisador musical na Gomus

Ariana Grande lança seu quarto álbum de estúdio “Sweetener”, primeiro trabalho em dois anos após o sucesso de “Dangerous Woman” (2016). O álbum foi precedido pela estreia do primeiro single No Tears Left To Cry, que provou ser um sucesso atingindo a posição #3 na Billboard Hot 100, principal medidor das músicas mais tocadas nos Estados Unidos.

O álbum conta com diferentes colaboradores, desde Pharrell Williams, passando pela já usual Nicki Minaj e trazendo também Missy Elliott e Swae Lee (da dupla de rappers Rae Sremmurd). Grande já havia apresentado a colaboração com Minaj, The Light is Coming, de forma promocional.

Além de deixar sua participação vocal em uma faixa, Pharrell também tem uma boa parcela de participação na concepção das músicas, produzindo sete das quinze que compõem todo o disco. Dessa forma, o projeto assume uma outra faceta pelo toque de Williams, de produção muito característica e identificável. Além dele, Max Martin também deixa sua marca no projeto, resultando em um compilado diverso e consideravelmente homogêneo, com energia constante mas não menos animada, o que possibilita a inserção de diversas músicas do projeto em qualquer tipo de treino, seja pela segunda faixa Blazed com vocais do produtor, ou até em Borderline, em que Missy Elliott participa.

Seguindo a tendência, Ariana tem seu álbum predominantemente pop influenciado pelo hip-hop e o R&B, com músicas suaves e batidas de energia média, mas bastante positivas, o que é uma marca desse projeto: o foco em termos de mensagem parece ser, justamente, uma positividade adocicada, respondendo ao próprio título, com mensagens de preservação, autoconhecimento e crescimento pessoal.

Ao todo, um disco sólido e bem trabalhado, que traz tudo aquilo pelo qual Ariana já é conhecida, mas dando passos adiante para a evidenciação de uma maturidade individual e musical.