O que é glúten? Em que alimentos está presente? Faz bem para a saúde? É necessário em nossa alimentação diária? Nesta matéria, exploraremos o mundo do glúten, desde sua definição até seu impacto na saúde de algumas pessoas, desvendando mitos e revelando verdades sobre essa proteína intrigante. E para nos ajudar a responder, essas e outras dúvidas, o blog da BT conversou com a nutricionista clínica, Sabrina Theil, pós-graduada em Nutrição Funcional, Estética e Fitoterapia.  

Desvendando o glúten

O glúten, uma proteína encontrada em grãos como trigo, centeio, cevada e aveia (esta última podendo conter traços por contaminação cruzada), é um tema que tem suscitado muitas discussões no mundo da alimentação saudável. Presente em alimentos como pão, massas, bolos, biscoitos e cereais, o glúten desempenha um papel crucial na estrutura e na elasticidade desses produtos.

Alergia ao glúten e doença Celíaca: um desafio para algumas pessoas

Segundo Sabrina explica, para algumas pessoas o glúten é mais do que apenas um componente alimentar. Alergia ao glúten e a doença celíaca são condições sérias que envolvem uma reação do sistema imunológico à ingestão dessa proteína. Na doença celíaca, especificamente, ocorre uma reação autoimune que danifica o intestino delgado, causando uma série de problemas de saúde.

Os sintomas da sensibilidade ao glúten e da doença celíaca podem variar amplamente, mas frequentemente incluem distúrbios gastrointestinais como: inchaços, gases, dor abdominal, diarreia ou constipação. Além disso, fadiga extrema, dores de cabeça recorrentes, dificuldade de concentração, dores articulares, alterações de humor e problemas de pele também podem ser associados à ingestão de glúten.

Alternativas ao glúten

“A vida sem glúten não é impossível, mas também não é necessária para todos”, afirma a nutricionista. Para aqueles que precisam evitar o glúten por razões de saúde, existem diversas alternativas disponíveis para manter uma dieta saudável e equilibrada:

1. Farinhas Alternativas: Farinha de arroz, farinha de amêndoa, farinha de coco, farinha de quinoa, farinha de milho e fécula de batata são excelentes substitutos para a farinha de trigo em receitas.

2. Grãos sem glúten: Arroz, quinoa, milho, aveia sem glúten e amaranto são opções ricas em nutrientes e livres de glúten.

3. Pães e massas sem glúten: O mercado oferece uma variedade de opções comerciais de pães e massas sem glúten, tornando a transição mais fácil.

4. Legumes e vegetais: Naturalmente isentos de glúten, legumes e vegetais podem servir como base para refeições nutritivas.

5. Fontes Proteicas: Carnes, peixes, ovos e leguminosas como feijão, lentilhas e grão-de-bico são excelentes fontes de proteína sem glúten.

6. Laticínios Naturais: Leite, iogurte e queijo sem aditivos também são naturalmente livres de glúten.

7. Snacks saudáveis: Nozes, sementes, frutas frescas e secas, bem como barras de proteína sem glúten, são ótimas opções para saciar os lanches.

É importante ressaltar que a necessidade de evitar o glúten varia de pessoa para pessoa, e não há uma abordagem única para todos. Algumas pessoas podem tolerar o glúten sem problemas, enquanto outras podem experimentar sérias reações. Antes de tomar decisões drásticas em relação à dieta, é recomendável consultar um profissional de saúde ou nutricionista para avaliar suas necessidades individuais e objetivos.

Em última análise, o glúten é apenas uma parte do que compõe uma alimentação saudável e equilibrada. A chave está em fazer escolhas conscientes e informadas, respeitando as necessidades únicas do seu próprio corpo.