Os adoçantes têm gerado intensos debates sobre seu papel na dieta e na saúde. Diante da crescente preocupação com o consumo de açúcar, muitas pessoas recorrem a esses produtos de baixa caloria. Mas o que você realmente precisa saber sobre eles? A nutricionista Luna Azevedo, graduada em Nutrição pela UNIRIO, esclarece os prós e contras do uso de adoçantes e sua relação com a alimentação.

Desvendando os adoçantes: o que são?

Conforme a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), adoçantes são compostos químicos que conferem doçura às preparações, sem oferecer nutrientes. Existem duas categorias: naturais e artificiais. Entre os artificiais, há os calóricos, como xilitol e sorbitol, e os não calóricos, como aspartame, sacarina, sucralose e estévia.

O que você precisa saber antes de consumir 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), adoçantes sem açúcar não são recomendados para perda de peso. Seu consumo não traz benefícios significativos a longo prazo na redução de gordura corporal em adultos ou crianças. Além disso, de acordo com a nutricionista Luna Azevedo, substituir o açúcar não reduziria o risco de doenças não transmissíveis (DNTs) como câncer ou diabetes; ao contrário, o uso prolongado poderia aumentar o risco de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e morte prematura.

Vantagens e desvantagens dos adoçantes

A nutricionista aponta ainda que a única vantagem é a baixa ou nenhuma caloria. Contudo, os adoçantes não oferecem vantagens nutricionais. As desvantagens incluem obesidade, diabetes tipo II (afetando a resistência à insulina) e doenças inflamatórias intestinais (alterando a microbiota). Por isso, a profissional diz que não é recomendado utilizar adoçantes nas preparações. “Opte por fontes naturais de adoçantes, como frutas secas (ameixa, damasco, passas, tâmara), banana madura, chocolate 70%, canela e mel”, pontua Azevedo.